terça-feira, 26 de maio de 2009

HELIÓPOLIS: SÃO PEDRO E PSF

Que me perdoem os que pensam contrariamente, mas não vou aqui fazer zoada comparando gastos em festas com investimentos não feitos na área de saúde pública. Fato é que a rubrica que paga o Programa Saúde na Família - PSF - é verba carimbada. Faça o prefeito festa ou não, a verba da saúde estará lá. Basta que, para isso, faça-se a contratação dos profissionais. O problema da saúde pública em Heliópolis é de gestão e de mentalidade. Falta competência administrativa e compromisso social. O prefeito Valter Rosário nunca precisou mendigar atendimento médico. Não sabe o que é isso. Como funcionário do Banco do Nordeste tem plano de saúde de boa qualidade. Sua esposa, funcionária do Estado da Bahia, tem o PLANSERV, de funcionamento muito bom. Não sabem o que é ter um filho com um mês de nascido, sufocado por problemas respiratórios e procurar um médico no posto e encontrar tudo fechado, como aconteceu na última sexta-feira com um casal da rua Luís Gonzaga. Às pressas, a criança foi levada para a emergência em Poço Verde. Bastou uma simples inalação. Claro, com a recomendação de um tratamento mais adequado depois. Coisa simples que não pôde ser resolvida em Heliópolis porque o seu chefe político, o vereador Mendonça, não está chorando por isso.
Na verdade, o vereador, e Presidente da Câmara, não vê a ação política como algo para melhorar a vida das pessoas. Política para ele é negócio, é investimento. Tem que dar lucro. Investir em saúde é problemático, é gasto constante e não se pode escolher a quem dar o socorro. Doença não tem lado. Isto tudo irrita Mendonça. O que digo aqui é tão visível que chega a dar nojo. Imaginem uma fila para pegar uma ficha para atendimento e a pessoa que acordou pela madrugada não conseguir porque "As fichas dos vereadores da situação completavam a quantidade de fichas do dia."É uma situação quase medieval. Pior é ainda ouvir pessoas, na fila, apoiar tal comportamento. Administrar Heliópolis e preparar o poder para o grupo que venceu. Direitos, deveres, programas públicos são coisas cartoriais. Triste é ver um vereador afirmar: "Eu quero é o meu! Mandando o meu, pode mandar o projeto que eu assino!". É a barbárie!
Portanto, o São Pedro de Heliópolis não é problema. Fazendo ou não, os problemas de Heliópolis continuarão. Tais problemas estão relacionados aos seus administradores. Se a mentalidade política de Mendonça, de Valter Rosário e da maioria dos vereadores mudar, tudo mudará. Não diria imediatamente, mas progressivamente. Para isso, deve-se se pensar num projeto político-administrativo a médio e longo prazo. Com os políticos que Heliópolis tem, excetuando-se uns poucos, é pedir demais. Mas, enquanto isso não acontece, espero dançar ao som de Aldemário Coelho e Flávio José no próximo São Pedro, de 10 a 12 de Julho, se pelo menos isso for possível! Palavra da salvação!
por: Professor Landisvalth do landisvalth.blogspot.com

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